A tecnologia blockchain, desenvolvida inicialmente por Satoshi Nakamoto com o Bitcoin (BTC), resolve uma série de problemas do mundo real. Contudo, essa tecnologia pode ser considerada muita cara e lenta, em que a otimização desses protocolos é algo muito almejado.
Nesse sentido, a blockchain Cosmos Hub busca promover melhorias nos blockchains “lentos, caros, não escaláveis e ambientalmente prejudiciais”. Além disso, quer propiciar uma rede de comunicação e de troca de ativos entre as redes descentralizadas.
ATOM é a criptomoeda nativa da blockchain Cosmos. A rede se define como: “A Internet das Blockchains”, que funciona através do IBC, um protocolo que cria uma espécie de interblockchain para comunicação entre as redes descentralizadas independentes.
A rede permite a troca de ativos de diferentes blockchains através de uma bolsa descentralizada “com taxas muito baixas e confirmação de transação instantânea”, segundo o site oficial do projeto. As transações na rede demoram em média 7 segundos para serem confirmadas.
Os desenvolvedores esperam ainda lançar, em breve, a possibilidade de aquisição de bitcoin e Ethereum “embrulhados”, também conhecidos como wrapped. Esses tokens são uma versão dessas moedas, porém, em moedas transacionadas em diversos blockchains. Assim, um usuário de bitcoin poderá operar em finanças descentralizadas na rede do Ethereum, por exemplo. Tudo isso de maneira rápida e sem os custos da rede principal dessas blockchains.
Para que serve a ATOM?
Assim como Ethereum, Chainlink (LINK) e Cardano (ADA), a Cosmos Hub utiliza o algoritmo de consenso Proof of Stake (PoS). Nesta metodologia, os validadores da rede “apostam” uma quantidade pré-determinada do token nativo para garantir que as transações presentes no blockchain são verdadeiras. Em caso de falha, o valor “garantido” é distribuído entre os outros participantes.
No caso da ATOM, ela é a moeda utilizada, então, para staking de validação de transações. Porém, ela ainda possui a função de token de governança. Isso quer dizer que os validadores e detentores dessa criptomoeda podem participar de votações de aprovação ou rejeição a possíveis atualizações e modificações sugeridas à rede.
Quais as vantagens da ATOM?
As taxas de transferência de ativos nas redes principais das blockchains pode de fato ser um problema. A rede Ethereum está atualmente com uma taxa média de US$15 para uma transação rápida, o que pode inviabilizar e reduzir as operações na rede. Nesse sentido, as soluções da Cosmos Hub que promovem escalabilidade e descongestionamento podem ser muito bem vistas, especialmente em momentos na qual as redes se encontram em capacidade máxima.
Por meio da Cosmos SDK, os desenvolvedores podem programar ainda aplicativos descentralizados para funcionar na rede. Até o momento, mais de 200 aplicações e serviços estão sendo executados na Cosmos Hub.
Quem está trabalhando com a ATOM?
O desenvolvimento da Cosmos é mantido principalmente pela Tendermint e pela Interchain, uma instituição voltada para construção de uma infraestrutura de interconexão entre protocolos descentralizados.
“Acreditamos que redes econômicas de código aberto, criptográficas e consensuais detêm a chave para um sistema econômico global antifrágil e oportunidades iguais para todos. Nosso foco atual está na tecnologia de blockchain interoperável da Cosmos Network”, afirma a Interchain.
Qual o futuro da ATOM?
O desenvolvimento da rede Cosmos está ativo, e diversas funcionalidades devem ser adicionadas ao protocolo ao decorrer do tempo. Veja os projetos que irão ser implementados na rede:
- Ethereum e Bitcoin Wrapped;
- Criação de pools de liquidez
- Uma conta para gerenciar todos os seus ativos de diferentes blockchains.
- Plataforma para troca de itens colecionáveis - NFTs
- Caso o congestionamento em blockchain continue como um problema persistente para o futuro, a rede pode se beneficiar como uma alternativa de otimização.
Como a Cosmos se posiciona como uma rede verde, com baixíssima pegada de carbono, ela pode embarcar na onda de investimentos ecológicos.
Na recente expansão do mercado de criptoativos, em que costumeiramente as taxas de transação tendem a ir às alturas, a Cosmos Hub se valorizou demasiadamente, com ganhos superiores a 750% no último ano, de acordo com dados do Coingolive.
Quais são as carteiras de ATOM?
A hardware wallet Ledger oferece suporte para o armazenamento da ATOM. Com a carteira Cosmos Wallet você pode guardar os seus ativos por meio de dispositivos móveis. Para desktop, a carteira Exodus oferece suporte para a criptomoeda.
Clicando nesse link você pode encontrar uma lista das carteiras mais recomendadas pelo site oficial do projeto.