Fundada em 2014, a rede Neo já foi conhecida como Antshares, mas mudou de nome em 2017 adotando o ticker de NEO. O projeto foi o primeiro blockchain público desenvolvido na China e é frequentemente comparado ao Ethereum em relação às suas usabilidades.
Ela é de fato um ecossistema em crescimento que possui a finalidade de se tornar uma base para a próxima geração da internet, com o potencial de unir ativos digitalizados, identidades e pagamentos.
A Neo é basicamente uma rede completamente aberta onde desenvolvedores de qualquer lugar do mundo podem construir aplicações descentralizadas e contratos inteligentes, sem barreiras de entrada burocráticas.
Quais as vantagens da Neo?
Um diferencial muito forte da plataforma é o seu fundo de desenvolvimento EcoBoost, criado em 2019, que mantém vários projetos vivos e em constante evolução. A iniciativa entrega premiações para desenvolvedores que trazem melhorias para a rede, além de prestar suporte técnico e divulgação.
Diferente da maioria dos blockchains, a Neo possui dois ativos principais, o NEO e o GAS, um de governança e outro de utilidade.
Como em outras redes descentralizadas, os detentores de tokens NEO participam da tomada de decisão nas atualizações, mas além disso eles recebem automaticamente tokens GAS (não sendo necessário prender as moedas por um tempo determinado).
E por sua vez, os tokens GAS são usados como forma de pagamento para taxas de rede, contratos inteligentes e compras em aplicativos descentralizados. De acordo com um simulador do neo.org, um detentor de 10 NEO ganharia passivamente 0,01 GAS por mês apenas por segurar as moedas e 0,35 GAS mensalmente por participar da governança.
Além disso, a rede Neo conta com uma comunidade gigante espalhada por todo o globo, criando um ecossistema de aplicações descentralizadas, além de projetos como o NeoResearch, com sede no Rio de Janeiro.
Muito por conta disso, a NEO vem se recuperando do bear market de 2018 que todas as criptomoedas sofreram e se destaca com valorização de quase 667% em apenas um ano.
Quem está ajudando a desenvolver a Neo?
Da Hongfei e Erik Zhang são os co-fundadores da Neo, e hoje são presidentes da Neo Foundation, que visa promover a adoção da rede.
Erik Zhang é conhecido por criar o algoritmo Delegated Byzantine Fault Tolerance, que serve para impedir ataques ao blockchain, e essa tecnologia foi implementada na Neo.
Mas hoje as contribuições ao projeto vem de uma gama de desenvolvedores, incluindo o especialista em segurança Fernando Toledano, o ex-engenheiro de software da Microsoft Harry Pierson, além dos pesquisadores brasileiros Vitor Nazário Coelho e Igor Machado Coelho.
Qual o futuro da Neo?
A rede Neo agora passa por uma migração para a Neo 3.0, onde desenvolvedores da equipe Core do projeto melhoraram a infraestrutura do projeto e permitiram aplicações ainda melhores de forma mais eficiente.
E levando em consideração parcerias da indústria como a Interwork Alliance, PolyNetwork, DotNet Foundation, entre outras, há um grande potencial de crescimento e o possível apoio de novos participantes do mercado.
Uma especulação comum é que, com o avanço do uso de tecnologia blockchain por parte da China, é provável que o governo prefira utilizar e apoiar um projeto chinês em vez do Ethereum, por exemplo. E isso poderia impulsionar o token para novos patamares.
Quais são as carteiras de Neo?
As carteiras de Neo servem para guardar os tokens de forma segura, mas para isso você deve anotar backups para caso de perda do celular ou computador. Há diversas carteiras e cada uma tem uma interface e uso específico, se você quer armazenar NEO e GAS então escolha uma das seguintes opções:
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Neo-GUI para Windows ou Mac.
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Neo-CLI para Linux, Windows ou Mac.
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NeoLine para celular, seja Android ou iOS.